Viajar pelo passado açucareiro do arquipélago da Madeira é, de alguma forma, sinónimo de navegar pela História deste povo. O Engenho da Calheta é um testemunho icónico desse legado. Revela-se, por isso, uma visita enriquecedora a incluir em qualquer roteiro pela costa oeste da ilha.
A Sociedade dos Engenhos da Calheta foi criada num contexto de grande desenvolvimento industrial. Esse período, correspondente ao final do século XIX e inícios do século XX, pode ser caracterizado como o segundo ciclo do açúcar madeirense (produto em tempos nomeado de “ouro branco”).
Com mais de meio século de existência, o Engenho da Calheta é um dos mais antigos engenhos de cana-de-açúcar da ilha. Nesta infraestrutura, produz-se o internacionalmente conhecido rum da Madeira, obtido sob fermentação controlada e por um processo de cuidada destilação, e o inconfundível mel de cana-de-açúcar, feito através da cozedura da garapa a vapor.
O Engenho da Calheta, situado no coração da vila, representa um autêntico museu vivo. A fábrica labora uma vez por ano, normalmente a seguir às celebrações da Páscoa. É uma oportunidade única para viajar no tempo. Porém, as instalações, que contam com sala de provas e bar-adega, podem ser visitadas todo o ano.
Detalhes
O Engenho da Calheta, com mais de meio século, é um dos mais antigos engenhos de cana-de-açúcar madeirenses. Produz dois produtos regionais icónicos: o rum e o mel de cana-de-açúcar.
